A importância de desacelerarmos

Enfim, chegamos mais uma vez em dezembro, uma época de festas, feriados e férias.  E nesse contexto de finalização de ano, é muito comum ainda estarmos na correria de nossas rotinas e sobrecarregados pelo ano que passou e vai chegando ao seu fim.

O interessante de percebermos, contudo, é como, não raramente, sentimos dificuldade em quebrar esse padrão de vida mais estressante que as rotinas de trabalho nos trazem. O que pode nos atrapalhar, tanto de aproveitarmos esse período de férias e festas, quanto de descansarmos diante das folgas que esses períodos trazem.   

Seja por pendências e questões de trabalho que ainda ficam na cabeça e sentimos dificuldade em nos desligar, ou mesmo pelo ideal de produtividade que nos acompanha durante o ano, ou seja, de que temos que estar produzindo algo o tempo todo.  Fato é que o descanso e o lazer, se não tomamos cuidado, podem se tornar dolorosos e ligados a sentimentos como a culpa e a cobrança, por exemplo.

O que quero dizer com isso é que podemos simplesmente descansar sem fazer nada, passar férias sem necessariamente viajar, ou criar os mais diversos planos, e simplesmente curtir estar em casa sem compromissos e tudo bem, não precisamos nos martirizar por isso, acreditando que devíamos ter aproveitado nossa folga de determinada maneira específica.

O mais importante é nos respeitarmos, tanto em nossos desejos quanto em nossos limites.  Afinal, não existe uma forma correta de se ter lazer, prazer ou descanso e nem a necessidade que seja algo produtivo, a única necessidade é que sejam atividades que nos tragam satisfação. 

Por fim, fica essa reflexão acerca da importância de desacelerarmos, rompendo com o ritmo, muitas vezes, frenético que a vida nos coloca, e nos permitindo descansar e ter lazer, da maneira como bem entendermos.