A hanseníase, que um dia já foi chamada de lepra, é uma das doenças mais antigas do mundo. O Brasil é um dos países que registra mais casos da doença, que é infecciosa e contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Instituído pela Lei nº 12.135/2009, o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase é comemorado anualmente no último domingo do mês de janeiro. Assim, a data, neste ano, será celebrada no dia 26. Por isso, janeiro se tornou o mês de combate à hanseníase, e abriga o movimento Janeiro Roxo.
A Atenção Primária à Saúde de Extrema está realizando a campanha de prevenção à doença. Cada Estratégia Saúde da Família (ESF) tem sua própria programação de atividades que acontecem durante todo o mês, incluindo ações de prevenção e orientação, além de atendimentos e palestras.
Com aproximadamente 30 mil novos casos diagnosticados por ano, cerca de 6% dos registros acometem crianças e adolescentes, o equivalente a dois mil pacientes, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Desses, 7% (140, em média) são diagnosticados com alguma sequela relacionada à doença, que pode, por exemplo, atrofiar partes do corpo.
Quanto mais rápido os sintomas forem detectados e o tratamento iniciado, mais rápido o paciente irá se curar, e ainda com chances de ficar sem nenhuma sequela, pois a doença, mesmo depois de curada, pode ocasionar incapacidades/deformidades, quando não tratada ou tratada tardiamente.
Os principais sintomas da doença são: manchas brancas, vermelhas ou marrons em qualquer lugar do corpo, com perda ou alteração na sensibilidade, e caroços (nódulos) ou inchaços. Também pode causar formigamento, sensação de choque, dormência e queimaduras nas mãos e pés por falta de sensibilidade, além de falta de força e problemas nos olhos. Ao notar qualquer um dos sintomas, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa. A hanseníase tem cura e o tratamento é garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Doentes sem tratamento transmitem a hanseníase através do aparelho respiratório superior (secreções nasais, tosse, espirro), mas especialistas afirmam que os pacientes tratados e os já curados não podem contaminar ninguém.