Dia da Consciência Negra

Dia da Consciência Negra

13 de novembro de 2020
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O Dia da Consciência Negra será comemorado na sexta-feira, 20 de novembro. A data foi escolhida para a comemoração por coincidir com o dia da morte do Zumbi dos Palmares (baluarte da luta negra contra a escravidão, foi o último chefe do Quilombo dos Palmares), em 1695. Assim, o dia procura remeter à resistência do negro contra a escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro, fato que ocorreu em 1549, além de conscientizar sobre todos os casos de racismo que ainda perduram.

Zumbi dos Palmares foi um grande líder do Quilombo e respeitado herói da resistência antiescravagista. Sua esposa, Dandara, com quem teve três filhos, também lutava pela libertação total dos negros no Brasil – ela suicidou-se ao ser presa, em fevereiro de 1694, para não retornar à escravidão. Após a sua morte, mais especificamente depois de 1 ano e nove meses, em 20 de novembro de 1695, Zumbi foi localizado e assassinado pela legião de nove mil homens de Domingos Jorge Velho, que invadiu e destruiu Macaco, um dos principais povoados do Quilombo dos Palmares.

“Zumbi” significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, ele foi o último chefe do Quilombo dos Palmares. O nome Palmares foi dado pelos portugueses, em razão do grande número de palmeiras encontradas na região da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje Estado de Alagoas. O local constituiu-se como abrigo não só de negros, mas também de brancos pobres, índios e mestiços extorquidos pelo colonizador.

Os quilombos, que na língua banto significam “povoação”, funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de resistência à escravidão, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares. O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase 100 anos, entre 1600 e 1695. No lugar (o maior em extensão) viviam cerca de 20 mil habitantes.

Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista, vulto de triste lembrança da história do Brasil, foi atribuída a tarefa de destruir Palmares. Em 1694, com uma legião de nove mil homens, armados com canhões, Domingos Jorge Velho começou a empreitada que levaria à derrota de Macaco, principal povoado de Palmares.

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