Dia do Trabalho: direitos dos trabalhadores brasileiros passaram por mudanças nos últimos anos

Dia do Trabalho: direitos dos trabalhadores brasileiros passaram por mudanças nos últimos anos

30 de abril de 2020
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Com tantas mudanças nos direitos dos trabalhadores brasileiros nos últimos dois anos, com as reformas trabalhista e previdenciária, além do programa Verde e Amarelo, cuja Medida Provisória (MP) que abrange o assunto foi revogada em abril pelo presidente Jair Bolsonaro, vale lembrar que o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador será comemorado nesta sexta-feira, dia 1º de maio, feriado nacional.

Vários países espalhados pelo mundo também celebraram a data que, em 1886, foi palco de uma grande manifestação de milhares de trabalhadores, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. Eles protestavam contra as condições desumanas de trabalho, reivindicando a redução da jornada de serviço – que era de 13 horas diárias – para oito horas por dia. Na ocasião, teve início uma greve geral nos EUA. Manifestantes e policiais morreram.

O Dia do Trabalho tem o objetivo de celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história, além de chamar a atenção para as atuais reivindicações da categoria. Em 1889, em Paris, a central sindical Segunda Internacional decidiu que, anualmente, e, sempre no dia 1º de maio, seriam realizados protestos para diminuir a jornada de serviço para oito horas diárias, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Dois anos depois, dez manifestantes morreram durante um protesto na França.

No dia 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou as oito horas e proclamou feriado o 1º de maio do ano. A Rússia, em 1920, adotou a data como feriado nacional e essa ação foi disseminada por vários países.

Em 1925, no Brasil, o dia 1º de maio foi declarado feriado pelo então presidente Artur Bernardes, após o fortalecimento da classe operária com a chegada de imigrantes europeus no país, ideias e leis trabalhistas. Porém, a data já era comemorada no país desde 1895.

Vale ressaltar que até o início da Era Vargas (1930-1945), tipos de agremiação dos trabalhadores fabris eram comuns no país, mas não estabeleciam um grupo forte, por causa da pequena industrialização da época. Os operários criticavam as estruturas socioeconômicas do Brasil. Com a propaganda trabalhista de Vargas, passou-se a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalho.

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