O Dia Internacional da Mulher, lembrado em 8 de março, domingo, foi estabelecido em 1910, durante uma conferência na Dinamarca. Mas, apenas em 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU). O dia homenageia as operárias que morreram em uma fábrica de tecidos, em Nova Iorque, em 8 de março de 1857, após uma greve.
Na época, as mulheres ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como redução na carga diária para 10 horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de serviço) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Anualmente, no dia 8 de março, a data não é apenas comemorada, mas também utilizada para a realização de conferências, debates e reuniões, com o principal objetivo de discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para conscientizar a respeito do preconceito e a desvalorização da mulher, pois, mesmo com todos os avanços, as mulheres ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.
A mulher tem constantemente buscado espaço na sociedade e conquistado grandes avanços nos seus direitos. O sexo frágil mostrou um outro lado de sua personalidade. O lado da mulher empreendedora, executiva, líder. No entanto, ainda há muito a ser feito. Segundo o Fórum Econômico Mundial (WEF – sigla em inglês), o Brasil aparece na 92ª posição, entre 153 países, no ranking global de 2019 da igualdade de gêneros. O país subiu três posições – em 2018, estava em 95º lugar.
We Can Do It!
O cartaz “We Can Do It!” (em português: “Nós Podemos Fazer Isso!”) ficou mundialmente famoso ao representar a mulher trabalhadora e operária dos EUA na época da Segunda Guerra Mundial. Foi uma maneira de atrair as mulheres americanas ao trabalho enquanto os homens estavam em combate.
Aproximadamente seis milhões de mulheres atenderam ao chamado e entraram no mercado de trabalho durante os anos de guerra. A gravura se espalhou, cresceu e “Rosie the Riveter” (em português: “Rosie, a Rebitadeira”) se tornou um ícone de igualdade do sexo feminino.
Entretanto, o feitiço virou contra o feiticeiro no final da guerra quando, na tentativa de fazer com que as mulheres voltassem para suas ocupações domésticas, elas se manifestaram e lutaram pela causa.