Fotos: Ascom/59º BPM
Segundo a PM, no local havia um casal sendo mantido em situação de trabalho análogo à escravidão e vivendo em condições precárias. O casal e um adolescente moravam em uma casa totalmente insalubre fornecida pela empregadora, dona da carvoaria, e que ficava de frente para os fornos, sendo que as vítimas recebiam toda a fumaça da produção do carvão.
O local não tinha condições adequadas de higiene, o banheiro ficava do lado de fora e era totalmente impróprio para uso. Não havia pias nem mesmo janelas, além de poucos móveis. O esgoto corria a céu aberto e as vítimas tinham apenas a água retirada de um poço, sem tratamento, para consumo pessoal.
Ainda de acordo com a polícia, a alimentação que eles possuíam era insuficiente para as três pessoas, além de inadequada. Esses alimentos, inclusive, eram fornecidos pela empregadora que descontava os valores dos salários do casal, aumentando ainda mais uma “dívida” que eles teriam a quitar com a dona do empreendimento.
As vítimas informaram que não recebiam nenhum tipo de equipamento de proteção individual (EPI), tais como luvas adequadas, botas ou máscaras de proteção para evitar as queimaduras durante a retirada do carvão dos fornos. Relataram ainda serem pressionados a fazer a retirada do carvão com dois dias após o início do esfriamento, sendo que o correto são quatro dias por causa das altas temperaturas.
A autora foi localizada e presa em flagrante, sendo conduzida à Polícia Federal, em Varginha. As vítimas estão sendo assistidas pela Secretaria de Assistência Social de Toledo, uma vez que não tinham outro lugar para ficar e nem mesmo condições para retornar a sua cidade de origem.
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